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Prova do Campeonato Nacional de Windsurf, no Faial: Atletas elogiam Organização e Voluntários

Pacheco Veiga, Comandante da Polícia Marítima da Horta; Bruno Leonardo, Director Regional do Serviço de Desporto do Faial; Vasco Chaveca, Presidente da Associação de Fórmula Windsurf Portugal; José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), Entidade Organizadora deste evento de âmbito nacional; Bruno Rosa, Presidente da Comissão de Regata; e Jorge Fontes, Coordenador da Segurança no Mar e Responsável por fazer a ponte entre o CNH, a Associação de Fórmula Windsurf Portugal e os Atletas, na Cerimónia de Entrega de Prémios, no Bar do CNH 

“A Prova do Campeonato Nacional de Windsurf decorreu na medida das nossas possibilidades e daquilo que a meteorologia ajudou e desajudou. Espero que os atletas de fora tenham gostado do nosso canal ventoso e com maresia, numa terra – a ilha do Faial – muito ligada aos desportos náuticos a juntar a outros que se praticam cá.

Palavras de José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), na Cerimónia da Entrega de Prémios do “Azores Windsurfing Cup - Faial”Prova do Campeonato Nacional de Fórmula Windsurfing 2019 – 1ª Etapa/Faial, que antecedeu o jantar realizado na noite de domingo, dia 7, no Bar do CNH.

O “Azores Windsurfing Cup - Faial”Prova do Campeonato Nacional de Fórmula Windsurfing 2019 – 1ª Etapa/Faial, decorreu de 4 a 7 do corrente, na ilha do Faial, tendo as adversas condições climatéricas feito com que das 12 Regatas inicialmente previstas se tenham realizado 8.

Na Organização deste evento de âmbito nacional, o Clube Naval da Horta contou com o apoio da Federação Portuguesa de Vela (FPV) e da Associação de Fórmula Windsurfing Portugal (AFWP), e com a colaboração do “Peter Café Sport”.

“A nossa capacidade organizativa assenta na grande cultura de voluntariado”

José Decq Mota dirigiu um agradecimento especial à Associação de Fóormula Windsurf Portugal e ao seu Presidente, Vasco Chaveca, realçando “uma tradição muito antiga no CNH, que é o grande Voluntariado”. E prosseguiu, a propósito: “As pessoas aparecem e contribuem, tendo em conta os recursos de que dispomos. A nossa capacidade organizativa não reside somente no material e no financiamento, assentando, de forma especial, na grande cultura de Voluntariado com que sempre se pautou esta instituição náutica. Para além deste apoio incondicional, contámos, também, com o envolvimento do Turismo, da Câmara Municipal da Horta e de muitas outras entidades, a quem agradecemos.

Quero destacar – porque se verifica de forma diária – o apoio da “Portos dos Açores, S.A.”. Sem esta colaboração permanente não era possível o CNH assumir estas responsabilidades. O engenheiro Fernando Nascimento (que foi convidado e infelizmente não pôde estar nesta Cerimónia) cessa funções na próxima semana enquanto Presidente do Conselho de Administração desta empresa. Gostava de lhe dizer pessoalmente, mas peço que lhe transmitam, que o CNH sempre apreciou as suas posturas nestas funções, que se têm manifestado nos mais diversos eventos, como é disso um grande exemplo a realização da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia”, além das diversas situações que acontecem no dia-a-dia da vida portuária. Tem sido graças a essa estreita relação, que espero se possa manter com o novo Presidente do Conselho de Administração da “Portos dos Açores, S.A.”, que conseguimos ter esta capacidade organizativa.

“Um obrigado a todos os Patrocinadores e Apoiantes”

Uma palavra de grande apreço para a Autoridade Marítima, cuja colaboração permamente, sempre no rigoroso cumprimento da lei, ajuda e facilita a prossecução das nossas actividades marítimas. O Capitão do Porto da Horta, Rafael da Silva, não pôde comparecer por se encontrar ausente, mas contamos com a presença do Comandante da Polícia Marítima, Pacheco Veiga, o que muito nos apraz.

Um agradecimento muito sincero aos nossos Patrocinadores: “Café Sport”, na pessoa do seu proprietário, José Henrique Azevedo; e “Norberto Diver”, através de Norberto Serpa, ambos aqui presentes, cujos barcos de apoios foram de vital importância.

Felicito todos os participantes, enquanto figuras principais desta Prova do Campeonato Nacional de Windsurf.

Naturalmente que reconheço e agradeço o trabalho e o empenho de todos os elementos da Comissão de Regata (Bruno Rosa - Presidente; José Fraga e Duarte Araújo); da Comissão de Protestos, a quem esteve na rampa, nas oficinas e a todos os que colaboraram no sucesso comprovado deste evento, onde se inclui o meu colega de Direcção, Jorge Fontes, sobre quem recaiu a responsabilidade directa no mar”.

“Para mim, foi um prazer enorme e um desafio integrar esta Organização”

Aproveitando a deixa, Jorge Fontes, Coordenador da Segurança no Mar e Responsável por fazer a ponte entre o CNH, a Associação de Fórmula Windsurf Portugal e os Atletas, deu as boas-vindas a todos ali presentes e salientou que o que mais o marcou foi o compromisso com a segurança. Mas acrescentou: “O meu trabalho foi facilitado pelas pessoas que estavam no mar, porque gostam e sabem andar no mar. E isso reflectiu-se na descontracção registada nos momentos mais difíceis.

Vou funcionar como porta-voz da Delegação de Ponta Delgada que, já tendo regressado a casa na tarde deste dia (domingo, 7) me pediu para transmitir uma saudação e um agradecimento à Organização, tendo vincado a questão da segurança que foi para além daquilo a que estão habituados.

Reforço a colaboração da Marina da Horta, do José Menezes, do Norberto Serpa e do “Peter” nos barcos que permitiram redobrar a segurança.

Peço uma salva de palmas para todos os que colaboraram e apoiaram. Para mim, foi um prazer enorme e um desafio integrar esta Organização.

Quero aproveitar esta oportunidade para uma vez mais agradecer o convite da Associação de Fórmula Windsurf Portugal e enaltecer e agradecer a presença dos atletas, pois sem eles nada disto era possível”.

“Queremos voltar cá e envolver mais atletas da casa”

Vasco Chaveca, Presidente da Associação de Fórmula Windsurf Portugal, começou por agradecer a todos os que estiveram envolvidos neste evento, recordando que a Classe não vinha ao Faial (por razões associativas, federativas, etc), desde há 14 anos.

Este Dirigente congratulou-se pelo facto de essa situação ter sido invertida, frisando que “esta deslocação foi especial, atendendo a que permitiu participar e celebrar os 100 Anos do “Peter Café Sport”, os 25 Anos do Triatlo do “Peter” e fazer esta Prova do Campeonato Nacional”.

“A nossa ideia, em termos organizativos, foi vir ao Faial não só com o intuito de usufruir da ilha e das suas excelentes condições para a prática da modalidade e não só, mas, também, para “passar a bola”, contribuindo para a dinamização do Windsurf localmente. E realmente o Faial tem condições magníficas para este desporto. Por isso, queremos voltar cá e envolver mais atletas da casa”.

Vasco Chaveca terminou, dirigindo um agradecimento ao “grande esforço levado a cabo pelo Presidente da Comissão de Regata (Bruno Rosa) e ao “extraordinário trabalho deste Clube (CNH)”.

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O Comandante da Polícia Marítima da Horta, Pacheco Veiga, entregando o Prémio (3º lugar) ao atleta Vasco Chaveca, do Clube Naval de Portimão (CNP) 

Na dupla função de Presidente da Associação de Fórmula Windsurf Portugal e de Atleta, Vasco Chaveca fez, a pedido do Gabinete de Imprensa do CNH, o balanço a esta Prova do Nacional.

“Naturalmente que uma pessoa vem sempre com a expectativa de ganhar. Ultimamente não tenho estado em plena forma devido ao trabalho em demasia, não havendo tempo para treinar nem dentro de água nem fisicamente. Mas vinha com a expectativa de ficar nos três primeiros.

Nos Açores estamos sempre a contar que haja muito ou pouco vento. Em Lagos, onde está sempre bom em termos de vento, já estivemos lá 5/6 dias seguidos em que só um dia é que esteve bom. Portanto, nunca é previsível, mas aqui nos Açores como a meteorologia muda muito rapidamente, temos de ter todo o equipamento preparado para as diferentes alterações.

Nós já estávamos a contar com essa diferença de condições mas uma coisa é saber e outra é estar no terreno. E tanto é, que no primeiro dia estivemos todos a tentar perceber como é que isto funcionava, tanto a nível de correntes, como de ondas e de vento. A 1ª e 2ª Regatas funcionaram um pouco como experiência e depois a partir daí foi afinar o material, porque o equipamento de Windsurf também tem de ser afinado consoante as condições.

Conheço este campo de regata desde há 14 anos e é um campo mais técnico, com muito mais saltos de vento, o que obriga a estar com muito mais atenção, sendo necessário olhar para o mar, para as nuvens e as correntes para definirmos o percurso a fazer nas regatas. Aqueles atletas que jogam mais pelo físico, tinham menos capacidade. Os mais experientes, que puxam mais pela cabecinha e fazem regatas mais técnicas, sem dúvida que este é um sítio excelente. Aliás, é isso que faz a Classe de Fórmula não ter tanta gente, porque é uma classe que obriga a pensar, ao contrário de outras. Aqui temos a técnica e a táctica da regata: as largadas, sair em frota, escolher os melhores percursos,  tudo isso exige pensar.

Sexta-feira (dia 5) foi um bocado duro devido às condições de vento e de mar. Nós tentamos que seja a frota completa a participar. Na sexta, só um concorrente é que acabou e não é isso que esperamos. Nem todos foram para a água e uns foram e não conseguiram acabar, porque estava mesmo muito violento. A frota toda é amadora e torna-se complicado.

Em termos de Regulamento, tudo foi cumprido, mas o que nós queremos é que a frota toda compita e que não sejam regatas para dois ou três atletas.

O primeiro e o último dia (4 e 7) foram bons. Sábado (dia 6) não havia condições tanto para os atletas como em termos de segurança. Teríamos de ter quase um barco por atleta para que houvesse as condições totais de segurança. Com o vento e o mar que estava, no momento em que baixámos a vela, deixavam de nos ver. E então teria quase de estar um barco para cada atleta. Isso é impossível.

“Foi um misto de competição saudável e de turismo”

Para a grande maioria dos atletas esta foi uma estreia no Faial, mas todos gostaram, principalmente da água transparente e quentinha, em que ninguém passou frio. Foi um misto de competição saudável e de turismo.

O facto de sábado não ter havido regatas foi uma compensação no que respeita à vertente de passeio, porque normalmente o que os atletas do Windsurf fazem é usar a modalidade como meio de conhecer sítios diferentes e de fazer turismo com as famílias. Conhecemos as famílias da maior parte dos atletas e assim é um meio de viajarmos em grupo.

Provas Regionais já em 2019

Os participantes ficaram de tal forma entusiasmados, que já se fala em fazer, a partir de 1 de Janeiro de 2019, Provas Pegionais de Windsurf, incluindo no Faial.

Antes, realizavam-se Provas Regionais apenas em São Miguel e por vezes na Terceira, mas em termos de organização na Terceira falta ali qualquer coisa. Em São Miguel a modalidade está a crescer imenso e isso está a passar para o Faial.

Com a vinda deste grupo cá, sentimos que os faialenses também estão mais entusiasmados no sentido de que as coisas evoluam. É preciso ver que a realização de um Campeonato Nacional contribui imenso para a promoção do sítio.

Os atletas do Faial estão num nível inferior a nível de material, o qual faz toda a diferença. Para darem o salto qualitativo terão de investir em equipamento.

Fisicamente estão bem e fazem Windsurf há já vários anos e sabem fazer em regatas e tudo. Agora só falta começarem a treinar com material específico para Race. Pareceu-me que estão dispostos a investir.

A ideia seria fazer Campeonatos Regionais no Faial e em São Miguel e se for possível na Terceira também. Em vez de estarem a fazer regatas específicas só para Windsurf, o objectivo é tentar colar as Regatas de Windsurf à Vela Ligeira. É muito mais fácil. Já que vêm os contentores, vem também o material do Windsurf. Os percursos são praticamente idênticos; é só mais uma largada diferente e faz todo o sentido usar a infraestrutura pensada.

E para os mais jovens também é bom, porque estão a andar de Optimist e noutros barcos para ver o Windsurf e de repente em vez de barcos podem optar por uma pranchinha, sendo um meio de direccioná-los para o Windsurf.

“O Windsurf é bem recebido no Faial”

Agradecemos todo o esforço do CNH na Organização, que foi cinco estrelas; bem como o envolvimento do Governo dos Açores, do “Peter” e de todos os que colaboraram.

Toda a gente se mostrou disponível para ir com carros buscar o pessoal ao aeroporto, com o maior número possível de barcos a fazer a segurança, toda a gente envolvida num único propósito neste Campeonato Nacional, o que nos mostra que o Windsurf é bem recebido no Faial.

Nós também estamos completamente disponíveis e queremos arrancar com as Provas Regionais, esperando voltar daqui a 2 anos com mais uma Prova Nacional.

Os atletas gostaram da Ilha, do Campeonato e da Organização. O grande problema que nós temos é trazer o material, mas como veio de contentor, tendo os custos sido suportados pela Organização, isso faz toda a diferença. Se não fosse assim, alguns atletas do Continente certamente que não teriam vindo, pois trazer o material de avião sai caro.

E agora com a quantidade de alojamentos locais que existe na Horta, todas essas estruturas que são utilizadas para o turismo na vossa época alta para nós também podem ser usadas com um mínimo de esforço. Tentamos organizar este tipo de eventos sempre na época média ou baixa, porque para nós é bom em termos de custos, mas para vocês também. A promoção não é feita só do vosso lado, pois do nosso isso também acontece.  A título de exemplo: desde que começámos a fazer provas no Alqueva, em 2011, que temos muito mais gente a fazer Windsurf lá, mesmo fora das provas. É importante, porque o Alqueva passou a ser visto também como um ‘spot’ do Windsurf, de férias, em que pode ir toda a família e levar a pranchinha para navegar lá. E isso também pode funcionar aqui, passando a ilha do Faial a funcionar como mais um ‘spot’ do Windsurf a nível nacional”.

“Fizemos, todos, um trabalho excepcional”

Em jeito de reconhecimento às palavras deixadas por Vasco Chaveca, Bruno Rosa respondeu: “Fizemos, todos, um trabalho excepcional”.

O Presidente da Comissão de Regata disse, ainda, que este “foi um grande evento que o CNH se propôs organizar, sendo que se portou à altura do desafio”, esperando que “mais, e quiçá a um nível ainda superior, possa ser uma realidade no futuro”.

Bruno Rosa enfatizou o agradecimento a todas as entidades que colaboraram bem como aos Voluntários, Dirigentes, Funcionários e Colaboradores do Clube, frisando “a aprendizagem mútua que os atletas proporcionaram”. E rematou: “Sem os Voluntários, não teria sido possível realizar esta Prova do Campeonato Nacional”.

“Esta Prova correu bem”

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Miguel Martinho, Campeão Nacional da Classe, levou mais dois troféus para casa 

Miguel Martinho, atleta do Clube Naval de Portimão, actual Campeão Nacional, que já renovou esse título 20 vezes e costuma estar no ‘top ten’ mundial, foi um duplo vencedor.

Instado a partilhar a sua experiência, falou da modalidade e das dificuldades existentes, lamentando que em Portugal o desporto, de uma maneira geral, seja tão pouco acarinhado.

Cada competição constitui sempre uma experiência nova. Desta vez apanhámos vento mais forte o que nos obrigou a trabalhar mais no mar, porque o mar daqui não é bem o mar do Continente. Estamos no meio do Oceano Atlântico, junto à costa, o que dificulta um bocadinho, porque a vaga é mais mexida, mais forte e mais pesada, exigindo mais físico. Tecnicamente, 10 nós aqui equivale quase a 15 nós no Continente, porque a diferença de mar de um lado para o outro obriga a que façamos mais pressão no equipamento e no conjunto total torna-se tudo mais forte, obriga-nos a trabalhar mais e é um pouco mais exigente, digamos assim.

Esta Prova correu bem. O 2º e o 3º dias (5 e 6) foram mais atribulados, com condições adversas, mas nos restantes tivemos condições boas para a prática da modalidade. Estes foram os melhores dias, porque nos outros o vento era demasiado forte para a modalidade. A modalidade tem um limite de vento, o que não quer dizer que não se conseguisse fazer com o que vento que estava, mas com as condições de mar que tínhamos, era impossível. Não era que o vento fosse excessivo, o mar é que era forte demais. E no conjunto dos dois, tornava-se difícil. O mar que estava fazia com que a prancha voasse.

No cômputo geral, posso dizer que foi bom e a Organização esteve muito bem. O CNH esteve às mil maravilhas. Aliás, os açorianos são pessoas muito prestáveis, amáveis e super-convidativas, por isso não há nada a apontar. Acho que esteve tudo cinco estrelas.

Para mim, a Horta já é conhecida bem como este campo de regatas, atendendo a que já participei duas vezes no Triatlo do “Peter” e duas vezes num Campeonato de Windsurf: um Ibérico e um Nacional.

“Os atletas do Faial estão bem”

Deu para ver que o nível dos atletas faialenses e estão bem; estão a subir, a progredir. É pena que estejam um pouco longe para podermos treinar todos juntos. Era bom que pudessem ir ao Continente mais vezes, mas sabemos que não é fácil, e para nós acontece o mesmo em relação a vir cá.

Mas devo dizer que os atletas locais estão bem demais, porque ao nível que estão a andar, é quase como se tivessem ido várias vezes ao Continente treinar.

Para estarmos a um nível bom, convém andarmos sempre em conjunto. E se tivermos alguém que ande bem e treinarmos juntos, conseguimos evoluir muito rápido. Sendo um desporto individual é também colectivo ao mesmo tempo. Para evoluirmos, o treino de conjunto revela-se muito melhor. Cria uma unidade de grupo. Encontramo-nos várias vezes nas competições e somos todos amigos. Na água somos adversários mas fora somos amigos. Conseguimos separar as águas. É fácil.

“Portugal não é virado para o desporto”

Tenho negócios em Portimão e tento levar isto um pouco como profissional, mas não é fácil. Em Portugal não é fácil sermos dsportistas profissionais na totalidade, porque Portugal não é um país muito virado para o desporto. Um ou outro desporto pode ser mais acarinhado, mas de uma forma geral ainda são modalidades que o país não liga muito. Talvez não seja o país em si mas a cultura portuguesa. Quando conquistamos alguma coisa, somos os melhores mas fica só ali, morreu o assunto e passou a pasta para outro lado.

Neste cenário, o que faço é por amor próprio e investimento próprio também. Os clubes dão algum apoio e apesar de o meu currículo constituir uma ajuda, não consigo fazer vida profissional disto, nem qualquer outra modalidade em Portugal.

Trata-se de uma aposta minha mas é preciso trabalhar. Gostava muito de me dedicar em exclusivo, mas não dá.

Considero que já aproveitei o que tinha a aproveitar. Naturalmente que se consegue sempre evoluir mas na minha idade (42 anos), já não darei muito mais. Embora este desporto não tenha limite de idade, a verdade é que o físico pesa. Não somos de ferro.

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Miguel Martinho ao lado do Director Regional do Serviço de Desporto do Faial, Bruno Leonardo, recebendo mais um Prémio para juntar ao seu vasto palmarés

“Temos tantos canais televisivos e a maior parte só dá lixo!”

Faço os circuitos a nível nacional e internacional mas não é fácil andar com os melhores e manter-me nos 5 ou nos 10 primeiros. Ultimamente tenho-me mantido nos 5 melhores do Mundo mas é difícil manter-me no topo.

Estamos a falar a nível Mundial e igual a mim somos muitos. Fora de Portugal há muito apoio aos atletas, a começar pela vizinha Espanha. Basicamente, todos os países apoiam as modalidades desportivas.

Os jornais desportivos – e temos milhares – infelizmente só abordam o futebol, que é o desporto-rei. Vemos jornais inteiros dedicados aos futebol e depois temos uma página ou meia página para outras modalidades. Isto é mau, porque parece que não existe desporto em Portugal. Toda a gente merece ser reconhecida pelo seu valor. Resumir-nos a outras modalidades é mau. A culpa é dos jornais mas também dos leitores.

Chamamos uma televisão para um evento e eles querem que a gente pague, entre aspas, para vir fazer a cobertura. Então que não venham! Se não é relevante... Temos tantos canais televisivos dedicados ao futebol e os visados são sempre os mesmos. E  a maior parte só dá lixo! Mas, claro, o dinheiro é que manda!

Se tivessemos menos canais e trabalhássemos outras modalidades como andebol, basquetebol, voleibol, os vários desportos de pavilhão, de praia, de mar... Temos tantas modalidades desportivas e bons atletas e acabamos por nos esquecer deles. Só os valorizamos quando ganham. Mas logo a seguir fecha a porta. Temos um Nelson Évora, Medalha de Ouro, mas se calhar só quando estamos a um ou dois meses dos Jogos é que se lembram dele.

As autarquias apoiam mais, porque se um atleta se projectar traz projecção para a sua terra. Mesmo os Atletas Olímpicos, só se ouve falar deles quando vão aos Jogos e depois ameaça-se com a retirada dos apoios caso não fiquem nos primeiros lugares. Mas esquecem-se de que para chegar aos Olímpicos, se calhar esse atleta já foi Campeão do Mundo e da Europa durante aqueles 4 anos e ninguém se lembrou e é mais difícil ser Campeão do Mundo ou da Europa do que ser Campeão Olímpico. Tudo junto é um bolo difícil de gerir: é a mentalidade, a cultura, etc.

“Fora de Portugal dão-te mais valor do que em casa”

O empenho tem de ser mesmo pessoal, mas essa valorização ajuda se quisermos arranjar alguns patrocinadores ou apoios, que estão cada vez mais difíceis desde que a crise se instalou. Com um pouco de mediatismo talvez se consiga fazer abrir “alguma torneira”.

Isto é desmotivante para os atletas e para quem está ao lado deles. E depois queixam-se de que os miúdos não querem fazer desporto. Mas neste contexto, qual é o incentivo que um pai tem para inscrever um miúdo numa modalidade e se firmar? Por isso, ouvimos muitas vezes: o melhor é estudares e arranjares um emprego filho, porque o desporto não te leva a lado nenhum.  

Ser atleta permite-te conhecer o mundo inteiro, fazer novos amigos e adquirir novos conhecimentos. Vais a qualquer parte do mundo e conheces pessoas e acabas por ser mais valorizado lá fora do que cá dentro. Fora de Portugal dão-te mais valor do que em casa.

“É preciso haver um investimento estatal nas federações”

Isso começa logo aqui ao lado com os espanhóis, que conseguem estar no topo de todas as modalidades desportivas. Isto é sinónimo de um grande investimento nos atletas.

É preciso investir nas modalidades. É muito fácil construir uma piscina, que custa 2 milhões, e depois as pessoas inscrevem-se pagando uma mensalidade de 30 euros. Se calhar temos 50 pessoas a nadar. Houve um investimento na modalidade de forma indirecta. Só que há modalidades que não dá para investir indirectamente, tem de ser directamente e isso não existe. E assim não se consegue ter formação, alunos, novos talentos. É preciso haver um investimento estatal nas federações para que estas consigam apoiar os clubes e estes investir nos atletas.

É mais fácil construir um pavilhão e esperar que as pessoas se inscrevam do que apostar na modalidade que não pode ter um pavilhão. Na Vela tem de haver um investimento directo: há que injectar na Federação para que esta injecte nos clubes e estes possam formar. Os clubes fazem o que podem com o que recebem. Mas se as federações não têm apoio, não chega nada. Chegamos ao ponto de a Federação não poder apoiar atletas para irem ao estrangeiro e tem ser os clubes a fazer isso. Isto é um esforço quase inglório, pois tiras da boca de uma criança para poder dar a um atleta, que deveria ser apoiado pela Federação. Este ciclo deveria ser ao contrário. A formação chega aos clubes. Portanto, os clubes não têm que apoiar um atleta. Cabe à Federação apoiá-lo directamente. Se assim for, então os clubes investem nos atletas desde que a Federação invista na formação. Não pode ser “a bola quente” toda para o clube, porque ele não consegue.

Se pegássemos nos 2 milhões destinados à construção da piscina e investissemos nalgumas modalidades, tínhamos muitas crianças e jovens a praticar várias modalidades que custam a ter e depois dizemos que eles estão perdidos e que só querem jogos,  computador e não sabemos como é que vamos tirá-los de casa. Mas como é que isso há-de acontecer se não há nada para eles?  

“Fazer Windsurf é um prazer bom”

Comecei aos 10 anos, mas a competição surgiu por volta dos 15 anos, o que perfaz quase 30 anos a praticar.

Isto deve-se ao exemplo do meu padrinho que praticava Windsurf na altura – infelizmente já faleceu – e ia ter connosco à praia com a prancha e eu fiquei com vontade de experimentar, até que um dia decidi comprar uma prancha e desde aí nunca mais parei.

Para mim, fazer Windsurf é um prazer bom. É uma modalidade desportiva que nos dá liberdade, sentindo uma adrenalina. É o vento que nos leva, a velocidade em cima da água, é uma coisa gira. É uma sensação muito boa mas que só quem está lá consegue sentir!”

Atletas espanholas partilham a sua visão

Nesta Prova do Campeonato Nacional de Windsurf participaram apenas duas atletas: Pilar Calvo, campeã espanhola; e Mónica Arche, também espanhola, mas actualmente a residir em Cascais, tendo vivido e praticado nos EUA.

Ambas falaram sobre esta competição, partilhando a visão no feminino sobre uma modalidade que é direccionada para ambos os géneros. 

Mónica Arche: “Conhecer a ilha era a atracção principal. A regata foi a desculpa”

“Encontrámos uma corrente muito forte. A onda parecia rampas de lançamento, sendo muito larga para a nossa prancha.

Eu e a Pilar gostámos muito da Organização. Estamos contentes e impressionadas. Houve muitos barcos de segurança e imensa gente a colaborar. E em cada barco não víamos apenas uma pessoa mas cinco, seis. Impressionante!

A ilha é muito bonita. Conhecer a ilha era a atracção principal. A regata foi a desculpa.

Foi duro, porque as condições variam muito, muito. As nuvens estão sempre a mudar. É um mar complicado para fazer Windsurf. Nunca tinha feito com uma corrente tão forte.

Fazemos, sempre que possível, todas as regatas. As condições variam dentro do país onde estamos.  Já fiz todo o circuito de Espanha e agora mudei-me para Portugal. Vivo em Lisboa. Também morei nos EUA, na Florida, e lá o nível era mais baixo e mais fácil. Mas quando havia uma competição em Washington, aí sim os ventos eram mais fortes.

Queremos muito voltar ao Faial. Não temos de vir apenas em regata. Queremos vir em passeio, com a família e amigos.

Este desporto é mais fisico, mais rápido e permite mais adrenalina do que andar num barquito. No entanto, pretendemos voltar de barco para podermos fazer o nosso desenho na Marina. Só assim é que nos é permitido deixar lá a nossa marca. Então, assim será!”

Pilar Calvo: “O azul do mar é incrível! Muito bonito”

“A ilha é uma beleza. Já disse a todos os meus amigos espanhóis para virem cá.

É a primeira ilha dos Açores que conheci e estamos a torcer para que haja provas noutras ilhas para ficarmos a conhecê-las também.

Correu muito bem! Foi muito bonita a experiência.

Todos os sítios que visitamos são diferentes. Aqui, o essencial é a natureza e o mar, sobretudo a cor do mar. O azul é incrível, muito bonito!

Eu navego num lago. Logo, há muita diferença. Mas sentimo-nos preparadas, porque já andamos nisto há muito tempo. Eu pratico há 30 anos e a Mónica desde pequena, com 13/14 anos. Nesta prancha especial faz há 10 anos.

É um desporto muito técnico, englobando um conjunto de factores. Tens de ter paciência.

Este desporto permite-nos conhecer outras pessoas e é muito bom, porque vamos todos seguindo juntos. É uma família da Península e agora também dos Açores.

Este desporto é tão bonito por depender do meio natural que é o vento e ele é que manda. Tu nunca controlas. Ele é que manda no que vai acontecer. É uma grande aventura e sempre diferente.

Há poucas mulheres a praticar. Não sei porquê. Talvez por causa da sociedade e de todo o nosso passado. Temos de lutar para que as mulheres descubram este desporto e o possam compaginar com a sua vida. Tenho 48 anos, o meu emprego e dois filhos. E faço Windsurf. Portanto, é possível. Não treino tanto quanto gostava mas com as regatas nunca perco a forma.

É uma luta das mulheres. Também faço isto pela minha filha. Temos de lutar sempre mas este é um desporto para ambos os géneros e a verdade é que eu já venci os homens”.

Luís Decq Mota: “Com equipamento e algum treino, podemos ter desempenhos iguais”

Deste grupo de 21 atletas, dois eram do Faial: Luís Decq Mota e Belchior Neves.

Ambos revelaram a sua opinião sobre esta nova esperiência.

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Luís Decq Mota foi o 1º na sua Classe. Aqui, com a filha ao colo, ao lado do Vereador da Cultura da edilidade, Filipe Menezes

“A decisão de eu e o Belchior termos participado foi para ver qual era o nosso nível em relação aos atletas de fora. Havia muitas diferenças em equipamento, sendo o nosso desactualizado e desajustado da Classe Fórmula. Estávamos a competir um contra o outro mas também para perceber comparativamente aos restantes. E posso dizer que foi muito bom e que estamos bem. Costumamos praticar bastante. Faço regatas regularmente, mas de iate. Contudo, isto acaba por ser uma regata com bolinas e popa. Não foi difícil. No 3º dia (sábado) não houve regatas por causa do tempo mas eu e o Belchior fomos para a Praia do Almoxarife e aproveitámos porque estava bom. Tinha mar, é verdade, mas podíamos realizar regatas até 35 nós de vento e estavam 25, embora com oscilação dos 10 aos 25 o que se tornava dificil por causa da escolha das velas. Verificou-se muita ondulação e como havia poucos atletas experientes nestas condições, atendendo a que normalmente eles fazem estas regatas com mar chão e nunca em mar aberto, foi decidido cancelar tudo no sábado.

Este era um grupo de amadores, destacando-se três bons, lote em que se integra o Vasco Chaveca. Eu e o Belchior também acabamos por ser amadores, mas os outros fazem o circuito nacional.

O investimento em equipamento é algo que vai ser ponderado, tendo em conta que há outras prioridades. O Belchior ficou com o “bichinho” no sentido de arranjar material maior para menos vento para poder ir mais vezes ao mar.

Eu já tenho algum material para pouco vento, mas não para fazer competições de Fórmula. É para mar mais aberto, mais folgado. Tanto é que não fiz as duas últimas regatas, porque o vento era pouco e não conseguia acompanhá-los.

Esta Prova serviu como estímulo para desenvolver a modalidade no Faial. Sentimos isso e a possibilidade de investir em material também.

Se decidirmos participar nas restantes (três) Provas deste Campeonato Nacional – que serão todas no Continente – é preciso contar com apoios. Não para material, porque será um investimento nosso, mas para deslocações e transporte de material. Mas é preciso ponderar isso muito bem porque não temos material. Por essa razão, participámos em Open Sport, o que permitiu usar o material que quiséssemos.

Valeu a pena e aprendemos bastante.

Só conseguíamos acompanhar muitos deles quando o vento estava mais forte. Quando era mais fraco, aí notava-se bastante a diferença do material e da área vélica.

O que nos falta é equipamento adequado para a Fórmula Windsurfing, que tem as suas medidas específicas.

Com equipamento e algum treino podemos ter desempenhos iguais. Acredito que sim.

Este é um grupo muito bom, espectacular. O Chaveca funciona como um estímulo, mas conheço o “Sabão” há muitos anos. É um atleta regional, que se dedica por completo à modalidade. 

Para mim, o Windsurf foi sempre mais numa de aproveitar e curtir. Mas também gosto muito de competir. Gosto de fazer regatas.

A realização de um Campeonato Regional já em 2019 é muito bom para o evoluir da modalidade nos Açores”.

camp nac windsurf 4 2018 

Belchior Neves: “Estou a pensar investir em equipamento. Esta prova foi um grande incentivo”

Decidi participar, porque é uma modalidade que pratico normalmente. É o meu desporto favorito. Achei bastante interessante o facto de ser organizado no Faial.

A única coisa que achei de diferente tem a ver com o material que usamos, que é mais antigo. Este tipo de pranchas fazia com que houvesse uma ligeira diferença em certas mareações. Não no todo. À bolina conseguiam ter mais orça do que nós, mas mesmo assim, tanto eu como o Luís, conseguimos chegar às bóias da bolina à frente de muitos da Classe de Fórmula, o que era bastante bom para nós os dois. Numa ocasião até rondei em 3º e o Luís em 4º, o que é muito bom tendo em conta o material que usámos.

Não tenho dúvidas de que com treino e equipamento estaremos em pé de igualdade com eles.

Confesso que depois desta experiência fiquei com vontade de ir um bocadinho mais à frente. Estou a pensar investir em equipamento. Esta prova foi um grande incentivo.

Temos vários atletas que podiam facilmente estar neste circuito nacional se houver equipamento. Houve uma evolução muito grande nos últimos anos no que toca a equipamento. Há uma diferença substancial em relação ao que havia e ao que há cá na ilha para o que há a nível nacional, e é isso que faz toda a diferença.

No Faial não temos esta Classe de Fórmula Windsurfing. Não temos este material, temos uma mistura, digamos assim.

Trata-se de um investimento pessoal, porque nós como praticantes é que sabemos o que é que nos faz falta para podermos evoluir e alcançar os melhores resultados.

Troquei impressões com o “Sabão” que, sendo um atleta regional já conheço há mais tempo, sobre o material que deveria adquirir para já. É a pessoa com quem mais me tenho aconselhado.

Esta Prova trouxe divulgação para a modalidade no Faial, o que é muito importante. Para quem já estava um bocadinho envolvido no Windsurf, após ver uma prova destas, vários atletas a competir, o nível que há, qualquer um fica com vontade de querer andar e evoluir mais na modalidade”.

Duarte Silva: “Esta Prova foi muito bem organizada pelo CNH”

camp nac windsurf 5 2018

Duarte Monteiro Silva, atleta do Clube Naval de Ponta Delgada, e vencedor do 1º lugar na sua Classe, teve de regressar a São Miguel antes da festa da Entrega de Prémios, mas por telefone transmitiu as suas impressões sobre esta Prova.

“Conheço o Faial, pois faço Vela desde miúdo na Semana do Mar. Foi bom voltar aí e ver amigos dessa época e relembrar tudo isso. Foi engraçado!

Esta Prova foi muito bem organizada pelo CNH.

Registaram-se condições exigentes para a minha condição física, mas correu bem.

O grupo participante era um espectáculo! Já fiz algumas regatas com o pessoal que veio de fora.

Seria muito bom haver Campeonatos Regionais. Depois de atingirmos os 18 anos não há muitas opções e os Séniores acabam por morrer um bocadinho. Podíamos apostar nos Snipes ou nos Vauriens, já que após os 18 anos a opção é a Vela de Cruzeiro, mas trata-se de um salto muito grande. Por isso seria interessante haver algo intermédio.

Faltam apoios e como temos a nossa vida nem sempre é fácil conciliar tudo. Somos atletas federados e nesse sentido devia haver apoio por parte dos clubes.

E por falar em apoios, aproveito esta oportunidade para referir e agradecer o meu patrocinador “Pure Sail Azores”.

Mário Medeiros: “Nunca vi tanto barco de apoio numa Prova”

camp nac windsurf 6 2018

“É de enaltecer o bom Presidente que o CNH tem, o sr. José Decq Mota, sendo muito humano. É uma sorte poderem contar com ele”

Mário Medeiros ou o popular “Sabão”, também atleta do Clube Naval de Ponta Delgada e um veterano nestas andanças, com vários títulos, tendo arrecadado agora o 2º lugar na sua Classe, deixou o seguinte testemunho, via telefónica:

“Gostei muito. Foi uma Prova boa com vento médio, forte e fraco.

Foi pena o tempo não ter estado melhor, mas a culpa de não se ter realizado mais regatas foi dos atletas e não da Organização. Eles temem o mar dos Açores. E como não tinham as velas mais pequenas para andar... Este é um mar de marinheiros e não para rapazinhos.

Quero frisar que a nível nacional nunca vi tanto barco de apoio numa Prova. Obrigado aos Voluntários. Foi uma competição bastante segura com bons barcos e bons elementos.

A grande lacuna em termos de voluntariado que se vive na maioria dos clubes não se verifica no CNH, que conta com um corpo de voluntariado muito grande e bom.

É de enaltecer o bom Presidente que o CNH tem, o sr. José Decq Mota, com uma boa filosofia, sendo muito humano e com grande sabedoria para falar com as pessoas. É uma sorte poderem contar com ele! Oxalá que se mantenha. Foi impecável! Mando um grande abraço para ele e agradeço a forma como tudo foi conduzido. Cinco estrelas!

O pessoal do Faial anda bem, faltando-lhe material.

É fundamental que haja Provas Regionais, mas é preciso apoio.

Tenho tido bons resultados a nível nacional mas resultam num custo louco! Conto com a ajuda de alguns amigos como é o caso do Bruno Bertholo, um elemento fundamental.

Somos todos amigos, porque competimos com desportivismo. Predomina o desportivismo acima de tudo.

Os clubes e as associações existem para fomentar o desporto e não para destruir. É fundamental trabalhar com as Escolas e dinamizar a modalidade. É preciso trabalhar para atrair pessoas. A ligação com as escolas é o garante do futuro e eu sei que o CNH está a dar passos nesse sentido.

Comecei a praticar desporto ao 9 anos, onde se inclui a Vela Ligeira, tendo ganho alguns títulos com o Vitor Hugo. No Windsurf estou desde os 12. Tenho 48 anos, portanto já lá vão mais de 40.

O Windsurf é um desporto bastante físico, dinâmico, com muita tecnologia”.

Lista dos participantes: 

- Miguel Martinho -  Clube Naval de Portimão (CNP)

- Mário Medeiros -  Clube Naval de Ponta Delgada (CNPDL)

- Vasco Chaveca (CNP)

- Luís Fonseca (CNP)

- Marco Pacheco (CNPDL)

- Pilar Calvo (CNS Surf 3)

- Pedro Amorim (CNP)

- Pedro Pinheiro (CNP)

- David Mendes (CNPDL)

- Carlos Amorim (CNP)

- João Santos (CNP)

- Filipe Gouveia (CNPDL)

- Mónica Arche  - Clube Naval de Cascais (CNC)

- José Rodrigues (CNP)

- Francisco Pinheiro (CWP)

- Duarte Silva (CNPDL)

- Pedro Martins - Clube Naval da Lagoa (CNL)

- Bruno Sampaio (CNPDL)

- Luís Decq Mota (CNH)

- Belchior Neves (CNH)

 As Classificações finais podes ser consultadas nesta ligação.

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