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Festival Náutico 2018: 3ª Travessia do Canal em Águas Abertas

- Maria Armas foi a vencedora da geral e sem fato

- Rodrigo Rodrigues, Jorge Fontes e José Tojo no pódio dos nadadores com fato

O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota, não podia estar mais satisfeito pela forma como decorreu a 3ª Travessia do Canal em Águas Abertas, realizada esta quinta-feira, dia 2, no sentido Faial/Pico.

Os 14 nadadores inscritos concluiram a Prova com sucesso, o tempo ajudou, os Sócios e os Parceiros deram uma grande colaboração e a Organização foi muito elogiada pelos participantes.

A Travessia do Canal em Águas Abertas – a 3ª que é promovida e organizada pelo CNH – encontra-se homologada pela Federação Portuguesa de Natação (FPN), tendo contado com arbitragem oficial.

Olga Marques, Vice-Presidente da Direcção do CNH, foi a Responsável e Juiz Árbitro da Travessia, que teve como Director, Pedro Afonso.

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Da esquerda para a direita: Bruno Frias, Director do Serviço de Desporto da Ilha do Faial; Rafael Silva, Capitão do Porto da Horta; Luís Botelho, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Horta; Fernando Nascimento, Presidente do Conselho de Administração da Portos dos Açores, S.A.; Olga Marques, Vice-Presidente da Direcção do CNH; Conceição Marques, Tesoureira da Direcção do CNH; e José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, na Entrega de Prémios da 3ª Travessia do Canal em Águas Abertas

“Os nadadores demonstraram ser competentes e persistentes, com capacidade técnica para nadar e nadar bem”. Foi assim que o mais alto Responsável pelos destinos do CNH se referiu aos 14 participantes nesta “Prova aliciante”.

José Decq Mota reforçou um desiderato antigo do Clube Naval da Horta e das entidades que apoiam este evento e que se traduz na “grande vontade e trabalho realizado” no sentido de esta se tornar numa “Prova de referência no mundo da Natação das Águas Abertas”. Os passos dados até aqui e o facto de a mesma já contar com a homologação da FPN, levam este Dirigente a dizer que “a maré puxa nesse sentido”. Desejos expressos na Entrega de Prémios da Prova, que aconteceu na tarde desta quinta-feira, dia 2, na Tenda Multiusos do CNH, e que contou com a presença de Entidades convidadas e Parceiros desta Travessia.

“Esta Travessia estava atravessada desde 2016”

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Altino Goulart, o Navegador de Maria Armas, visivelmente orgulhoso pelo trabalho realizado e o feito alcançado

A terceirense Maria Armas, é uma jovem de 20 anos, que arrebatou dois feitos nesta 3ª Travessia do Canal em Águas Abertas. Além de ter sido a vencedora na geral, com o tempo de 2 horas, foi também a que alcançou o 1º lugar na classificação dos atletas que nadaram sem fato. Aliás, do conjunto dos 14 nadadores – 12 homens e 2 mulheres – a ala feminina destacou-se pela valentia em não usar fato isotérmico. O 2º lugar sem fato foi conquistado por Laurence Fauconet

Os elementos masculinos optaram todos por nadar com fato. Como tal, o pódio (dos participantes com fato) foi preenchido por Rodrigo Rodrigues (1º lugar), da Terceira; Jorge Fontes (2º lugar), do Faial; e José Tojo (3º lugar), do Continente português.

“A Travessia correu bem. Naturalmente que ao chegar ao fim do percurso me sentia cansada, tendo a tarefa sido dificultada pelo facto de o mar já estar mais agitado”, revela Maria Armas ao Gabinete de Imprensa do CNH.

“Esta foi a primeira vez que nadei no Canal. Há 2 anos tentei, mas não acabei. Fiquei presa nos ilhéus. Portanto, este ano só queria chegar ao fim, já que esta Travessia estava atravessada.

Parei três vezes para beber líquidos (a Natação causa muita desidratação), porque estas travessias provocam muita sede.

É interessante ter ganho aos homens, tendo em conta que a Natação é um desporto que exige resistência e muitos anos de treino. É preciso ter gosto pela modalidade e paciência.

“Grande parte do mérito desta vitória, deve-se ao Altino”

Nunca pensei ganhar, mas quero sublinhar que grande parte do mérito desta vitória se deve ao Navegador, Altino Goulart, o ‘skipper’ do barco que me acompanhou. Ele orientou-me e foi uma grande ajuda. Estou-lhe muito grata pelo trabalho que desenvolveu.

Também quero agradecer o apoio dado pela minha mãe, sempre muito presente nestes meus desafios e que, novamente hoje acompanhou o percurso no barco de apoio.

Pratico Natação desde os 3 anos, o que aconteceu por iniciativa de minha mãe (Manuela Ribeiro). Sempre participei em provas da modalidade, sendo atleta federada pela Academia dos Açores.

Faço travessias na Terceira com o Grupo “Nadar Açores” e pretendo voltar a realizar a Travessia no Canal Faial/Pico. Mas quem me incutiu o gosto por estas aventuras foi meu tio Elias Ribeiro, que já participou nesta Travessia em edições anteriores e novamente este ano.

Como estou a tirar o Curso de Tradutora em Lisboa, tenho participado em menos provas e embora a Natação constitua um ‘hobby’ na minha vida, a verdade é que dou importância a este desporto, já que costumo praticar diariamente em piscina”. 

“Sinto-me muito contente, pois ha 2 anos não consegui acabar a Travessia”

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Vítor Carvalho, o ‘skipper’ da embarcação “Maguita”, que deu apoio a Laurence Fauconet, a 2ª classificada, sem fato isotérmico

“Esta é a 3ª vez que participo na Travessia do Canal, portanto sabia que era uma Prova difícil. Embora faça parte de um grupo que nada com regularidade, nos últimos tempos reforcei a preparação.

Aguentei bem a Prova, embora no fim me sentisse um pouco cansada. Parei três vezes para comer e beber.

O ‘skipper’ deu-me uma grande ajuda. Previamente, havíamos conversado sobre a estratégia a adoptar no decorrer do percurso.

Sinto-me muito contente, tendo em conta que há 2 anos não consegui acabar a Travessia e no ano passado o tempo fez com que tenhamos nadado um percurso alternativo (do Porto Pim à Feteira), o que se tornou difícil e demorado.

Na Travessia de hoje o tempo passou rápido! Gostei muito da sensação de chegar e ver a ilha mais perto.

Sem dúvida, que para o ano haverá mais!” 

“Esta Travessia era um sonho desde pequeno”

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Rodrigo Rodrigues foi o vencedor com fato isotérmico 

Rodrigo Rodrigues, que nasceu em Lisboa, mas desde muito pequeno reside na ilha Terceira, afirmando-se por isso, terceirense, começou o desafio das travessias no Faial.

Em 2015 e 2018 realizou Faial/Pico; em 2016 fez Pico/São Jorge (21 quilómetros); em 2017 não terminou São Jorge/Terceira, e em 2018 (mês de Julho) fez, com Nuno Braga, Terceira/São Jorge, uma distância de 40 quilómetros, e que constituiu o maior percurso que nadou até hoje.

Este nadador revela que já tem programada uma outra travessia para a primeira semana de Setembro (próximo) e que será Flores/Corvo.

“Gosto muito deste Canal”

“Quando era miúdo nadava aqui, no Faial, e guardo muitas medalhas que ganhei na Semana do Mar. O primeiro ano em que comecei a participar em provas na Semana do Mar foi em 1983 e mantive esse ritual ao longo de 8 anos consecutivos.

Gosto muito deste Canal e devo confessar que esta Travessia é um sonho que acalento desde pequeno. Há três anos tive a oportunidade de atravessá-lo a nadar e como este ano me encontrava de férias no Pico, decidi embarcar novamente nesta aventura.

A chegada ao Pico é sempre difícil. No fim, o vento empurrou-me para Sul e fiz mais 500 metros desnecessários. Mas correu bem e o ‘skipper’, David Castro, ajudou-me muito. Bebi líquidos por duas vezes, pois deve-se beber antes de nos sentirmos cansados. Nadar consome muitas calorias.

Costumo usar fato isotérmico por uma questão de conforto e segurança. Além do mais, ajuda a flutuar. Em Travessias longas, é bom usar o fato.

Faço parte do Grupo “Nadar Açores”, que reiniciou as Travessias no Canal em 2014, com o apoio do CNH. Neste grupo, não há espírito competitivo. O objectivo de todos é chegar ao fim do percurso.

A Travessia do Canal em Águas Abertas, que desde há 3 anos é exclusivamente organizada pelo Clube Naval da Horta, tem tudo para se tornar numa Prova de referência”.

“Treinei o ano todo para esta Travessia”

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José Tojo quer voltar em 2019 e trazer a familia e os amigos

José Tojo, o 3º classificado com fato isotérmico, já nada há 30 anos, tendo sido atleta federado durante muitas temporadas.

Intgrou o Aminata Évora Clube de Natação e há 2 anos que é federado (Veterano) na Académica de Coimbra.

“Alimento esta ideia há 2 anos e treino desde há 1 ano. Estive o ano todo a treinar para esta Travessia e há 4 semanas lesionei-me (parti uma costela), pelo que esta participação foi inesperada. Preparo-me regularmente, tendo em conta que costumo fazer triatlos, mas com este acidente fiquei a pensar se iria participar. No entanto, como tinha muita vontade de fazer a Prova, arrisquei e correu muito bem.

Esta minha estreia nos Açores e na Travessia aconteceu na sequência de uma conversa mantida com a mulher de um amigo meu, o Rui Tejo, que participou na 1ª edição desta Travessia – organizada pelo CNH – tendo ganho o 1º lugar.

Devo dizer que fui muito bem acompanhado pela Organização, que me proporcionou todas as condições necessárias ao longo da Prova. Foram inexcedíveis! Senti-me apoiado em todos os aspectos: ânimo e condições.

“As pessoas sonham com esta Prova”

As pessoas sonham com esta Prova, que é falada nos Veteranos da Natação. E é curioso que costuma ser definida exactamente como o Sr. Presidente do CNH disse hoje aqui: “um desafio aliciante”. É uma Prova altamente mental e o vosso Presidente percebe isso muito bem.

O ‘skipper’ Hélio Neves, a quem quero agradecer todo o apoio dado, foi essencial para a segurança. Neste capítulo, tenho de fazer uma justa referência à forma como fui acompanhado pela São Marques, do CNH, que esteve sempre presente e disponível. A Organização e os seus colaboradores foram extraordinários! Parei três vezes para comer, pois deve-se evitar que o corpo entre em falência.

Estou com um sorriso de satisfação, porque foi tudo muito bom. O Faial e o Clube Naval da Horta são espectaculares! Penso voltar, mas gostava de trazer a família e o meu grupo de amigos”.

Listagem dos nadadores e respectivo ‘skipper/barco de apoio

- Maria Armas:  ‘skipper’ Altino Goulart, na embarcação “Atlântida”

- Laurence Fauconet: ‘skipper’ Vítor Carvalho, na embarcação “Maguita”

- Rodrigo Rodrigues:  ‘skipper’ David Castro, na embarcação “Mero” 

- Jorge Fontes:  ‘skipper’ Alexandre Morais, na embarcação “Arion” 

- José Tojo:  ‘skipper’ Élio Neves, na embarcação “Gentie” 

- António João: ‘skipper’ João Duarte, na embarcação “Bombordo”

- Ricardo Correia: ‘skipper’ André Tavares, na embarcação “Mantisa” 

- Paulino Correia: ‘skipper’ João Miguel, na embarcação “Malo” 

- João Pereira: ‘skipper’ Duarte Araújo, na embarcação “Terrinha” 

- Mirko: ‘skipper’ João Melo, na embarcação “Veja” 

- Elias Ribeiro: ‘skipper’ Hélder Fraga, na embarcação “Rosana” 

- Albino: ‘skipper’ Marco Ávila, na embarcação “Zifio” 

- Arnaldo Martins: ‘skipper’ Carlos Fraião, na embarcação “La Traviata”

Mais fotografias da Entrega de Prémios podem ser vistas na Galeria de imagens.

A classificação geral pode ser consultada nesta ligação.

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