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2ª PCR de Juvenis e Juniores 2018/2019 - Velejadores deram o seu melhor numa Prova muito bem organizada pelo CNH

Olga Marques, Vice-Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH); José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; Ester Pereira, Vereadora da Câmara Municipal da Horta (CMH) em representação do Presidente da CMH; Bruno Leonardo, Director do Serviço de Desporto da Ilha do Faial; Jorge Macedo, Presidente da Direcção da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA); José Mendonça, Presidente da Comissão de Regata; e Sargento Cordeiro, Ajudante na Classe Condutor de Máquinas na Capitania do Porto da Horta, em representação do Capitão do Porto da Horta, na Cerimónia da Entrega de Prémios da 2ª Prova do Campeonato Regional (PCR) de Juvenis e Juniores 2018/2019

“O Clube Naval da Horta (CNH) procurou fazer o melhor possível para que esta 2ª Prova do Campeonato Regional (PCR) de Juvenis e Juniores 2018/2019 (Vela Ligeira) corresse bem do ponto de vista desportivo e do ponto de vista da segurança. Porém, há um factor que ninguém consegue controlar e que se chama meteorologia, o qual tantas vezes nos condiciona e esta Prova foi muito condicionada pelo tempo. De qualquer forma, fez-se o possível para que as coisas pudessem correr bem”. Palavras de José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, proferidas no Jantar de Entrega de Prémios, que decorreu na noite deste domingo, dia 13, no Restaurante “Barão Palace”, na cidade da Horta.

De registar que foram precisamente as adversas condições climatéricas que ditaram o adiamento deste evento desportivo, que inicialmente estava calendarizado para os dias 15 e 16 de Dezembro último.

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“A todos, todos, agradecemos a vossa boa cooperação e até à próxima”

O Presidente do Clube Organizador desta competição do calendário de Vela dos Açores (CNH) explicou que “por razões de saúde” não pôde acompanhar muito de perto esta PCR tendo, no entanto, “acompanhado o suficiente para perceber que a meteorologia não ajudou”, impossibilitando a concretização das regatas pré-determinadas. Ainda assim, “foram realizadas em número suficiente para que a Prova fosse validada, contando como peça importante no calendário regional da Vela Ligeira”.

“Agradeço a vinda de todos os representantes dos Clubes participantes bem como aos Patrocinadores que nos ajudaram a realizar esta Prova, e que são vários. Agradeço, também, as facilidades que todas as entidades oficiais – desde a “Portos dos Açores S.A.” à Câmara Municipal da Horta – nos concederam, ajudando-nos directamente a organizar este evento desportivo.

Uma palavra de apreço a todos os Treinadores e Dirigentes dos Clubes envolvidos e uma palavra muito especial à Entidade Promotora desta Prova do Campeonato Regional, que é a Associaçao Regional de Vela dos Açores (ARVA)”, sublinhou José Decq Mota, vincando que “o CNH, enquanto Clube Organizador, fez o que estava ao seu alcance para que no essencial tudo tenha sido assegurado”. E rematou: “A todos, todos, agradecemos a vossa boa cooperação e até à próxima”.

Em termos de Patrocinadores, o CNH contou com o apoio do “Continente”, na oferta de águas para os lanches de mar; “Fayal Kompra”, em fruta também para os lanches de mar; das empresas “Dive Azores” (Tiago Castro) que cedeu o barco “Princesa Alice” que esteve envolvido na Segurança; “Portos dos Açores, S.A.” na cedência da embarcação “Cagarro” destinada à Comissão de Protestos da Prova; Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP), que emprestou um barco para a Segurança; empresário Carlos Morais na cedência da embarcação “Capejo”, que esteve igualmente envolvida na Segurança; Câmara Municipal da Horta, que cedeu os Ecopontos; e “Bensaúde”, que disponibilizou um contentor para os Clubes do Pico guardarem o seu material.

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José Decq Mota: “O CNH, enquanto Clube Organizador, fez o que estava ao seu alcance para que no essencial tudo tenha sido assegurado”

O Presidente da Direcção do CNH também dirigiu palavras de agradecimento a todos os Voluntários que trabalharam no Apoio/Segurança: Hugo Parente, Bruno Gonçalves, Pedro Porteiro, António Luís, José Fraga, Desidério Machado, António Pedro Oliveira, Tiago Reis, Tiago Henriques, Carlos Moniz, João Duarte, Armando Castro, Belchior Neves, Luís Paulo Moniz, João Medeiros e Carlos Silva.

O agradecimento é extensivo à ARVA e a Bruno Rosa por terem disponibilizado material para a Comissão de Regata, e a todos os elementos da Direcção pela colaboração e empenho demonstrados.

José Decq Mota fez questão de lembrar que esta 2ª PCR foi a última que a presente Direcção do CNH organizou, atendendo a que o mandato terminou em Dezembro de 2018 e que há eleições marcadas para o dia 23 deste mês.

Os velejadores participantes representavam nove clubes açorianos: Clube Naval da Horta (anfitrião); Clubes Navais da Madalena, São Roque e Lajes do Pico; Angra Iate Clube e Clube Naval da Praia da Vitória, ambos da Terceira; Clube Naval de Santa Maria; e Clubes Navais de Ponta Delgada e Vila Franca do Campo, da ilha de São Miguel.

“Estou muito satisfeito”

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Duarte Araújo: “Todos os velejadores se esforçaram”

Em jeito de balanço a esta Prova, Duarte Araújo, Treinador de Grau II e Coordenador da Escola de Vela do CNH, refere: “No segundo dia [domingo, 13] os velejadores não conseguiram realizar qualquer regata, porque o vento não colaborou. Estava sempre a mudar de direcção e de intensidade. Por isso, prevalecem os resultados do primeiro dia [sábado, 12], em que esteve muito vento e muito mar.

Estávamos esperançados de que muitos dos velajadores mais novos se iniciassem nas Provas Regionais mas não conseguiram. Ainda assim, fizeram uma regata.

Os velejadores estão satisfeitos e eu estou muito satisfeito! Todos se esforçaram muito e os mais novos também melhoraram”. 

“Esta Prova não foi muito fácil”

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José Mendonça (de camisola verde), Presidente da Comissão de Regata desta PCR: “Dadas as condições gerais da meteorologia, ainda se conseguiu muito”

Na sua intervenção, José Mendonça, Presidente da Comissão de Regata desta 2ª PCR,  admitiu que esta Prova “não foi muito fácil”. E prosseguiu: “Já fiz algumas mais difíceis e outras mais fáceis. Houve três ou quatro decisões que tiveram de ser tomadas mas fizemo-lo de consciência muito limpinha. No sábado (12) optámos por começar pelas Classes Laser e 420 e depois disse: “Vamos arriscar e mandar para fora os Optimist”. Acho que fizemos bem. Claro que há muitos que não foram, o que era de esperar. O mar não estava com grandes previsões mas o dia de sábado correu bastante bem. Não se podia esperar melhor para as condições que estavam. O dia de domingo era complicado. Logo de manhã quando fui ao mar ver o que se passa, percebi que a coisa não ia ser muito simples. Depois ainda esperei uma hora e fui uma outra vez lá fora. Mandei todos para a água (Optimist, Laser e 420). Quero pedir desculpa por isso, se calhar na altura já podia ter decidido que não ia ninguém para a água tentar fazer alguma coisa.

Logo à partida parecia-me que não ia correr mal mas as viragens de vento eram estúpidas! As provas estavam a durar entre 35 a 40 minutos e as mudanças de vento eram muito grandes, tanto a baixar como a rondar e estavam a rondar à volta dos 15 minutos, não dava para acabar prova alguma. As duas que se realizaram foram anuladas a meu ver e de acordo com os que estavam comigo. Foram anuladas na hora certa. Foi o Campeonato possível. Já se fez bem piores e bem melhores. Dadas as condições gerais da meteorologia, ainda se conseguiu muito. Obrigada a todos e desculpem pelo dia de hoje [domingo, 13]”.

“Foi uma prova dura com vento extremamente difícil”

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Carlos Borges, Treinador do Clube Naval da Praia da Vitória (ilha Terceira), e Frederico Pereira, Treinador do Clube Naval de Santa Maria, elogiaram a Organização do CNH 

Por sugestão de Duarte Araújo, o Gabinete de Imprensa do CNH convidou Carlos Borges, Treinador do Clube Naval da Praia da Vitória, da ilha Terceira, e Frederico Pereira, Treinador do Clube Naval de Santa Maria, a darem o seu testemunho sobre esta competição, tendo os mesmos simpaticamente acedido.

Carlos Borges: “Sou apologista de mais Provas Regionais”

“A Prova correu bem. Tivemos um vento extremamente difícil aqui no Faial. Foi exactamente da pior direcção que pode soprar mas atendendo às circunstâncias acabámos por fazer quatro regatas nos Laser e 420 e três nos Optimist, o que deu para validar o Campeonato. É pena que não se tenha conseguido fazer mais mas não podemos controlar os elementos da natureza.

Sábado tivemos um dia extremamente difícil, com vento um bocadito forte, o que se revelou mais complicado para os mais novos, sobretudo para aqueles atletas que transitaram das Escolas de Vela para o escalão Juvenil. Estes tiveram maiores dificuldades mas são factores inerentes à própria modalidade.

Estou muito satisfeito com o desempenho dos meus velejadores!

Acho que houve sensatez por parte da Comissão de Regata no facto de ter falado com os Treinadores, tendo experimentado primeiro com os velejadores mais experientes – Laser e 420 – de forma a avaliar as condições e depois terem enviado os Optimist para a água.

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A mesa redonda dos Treinadores

Como sempre, o Clube Naval da Horta está de parabéns! Foi uma Organização excelente com destaque para a segurança, com embarcações suficientes para garantir toda e qualquer eventualidade. Mais uma vez, o CNH esteve ao seu melhor nível!

A realização de mais Provas Regionais que agora me coloca é abordada com frequência e devo dizer que sou apologista de que deveriam ser em maior número. Contudo, sabemos que estamos condicionados por um orçamento regional que acaba também por ser limitativo à organização de mais provas destas. Quanto mais competição houver entre os velejadores mais hipóteses temos de melhorar o nível da Vela nos Açores.

Se falarmos em provas locais na ilha Terceira, garanto que é muito mais fácil deslocar embarcações do Faial para o Pico do que fazer transportar as embarcações de Angra para a Praia. Existem vários obstáculos a que isso possa acontecer: primeiro é a questão do transporte das embarcações em atrelados, que não temos. A maior parte das vezes temos de recorrer a empresas que façam o transporte das embarcações entre as duas cidades, o que torna de certa forma dispendiosa a organização de provas locais.

Defendo a realização de mais Provas Regionais, pois sabemos que o nível é diferente entre as várias ilhas que têm Vela e estas competições são sempre uma forma de aferir o nível dos velejadores”.

Frederico Pereira: “É sempre uma experiência que nos enriquece” 

“O balanço é sempre positivo. Mesmo quando há alguns reveses é sempre uma experiência que nos enriquece. Foi uma prova dura, com bastante vento no primeiro dia, o que afectou logo alguns dos meus alunos.

Havia miúdos muito diferentes: uns são pesados dentro da sua Classe de competição, sendo por isso favoráveis ventos mais fortes. Pelo contrário, também havia atletas muito levinhos, que preferiam ventos fracos. As condições eram boas para uns e más para outros.

Houve dois miúdos que aproveitaram bem e obtiveram resultados muito bons. Foi muito positivo para eles! Mas três sofreram um bocado. Um até nem fez regatas, pois era a primeira vez que vinha a uma Prova Regional e já sabia que se o vento estivesse um bocadinho mais maduro não iria ter hipóteses mas foi bom para quebrar o gelo.

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Jorge Pires, atleta do CNH (Laser) recebeu o 1º Prémio entregue pela Vereadora camarária, Ester Pereira 

Os Treinadores conhecem os limites dos velejadores. Ao longo dos treinos já sabemos que um determinado miúdo aguenta 15 nós havendo um outro que aguenta 19 nós. Conheço-os bem e se as condições estão acima dos limites deles já nem sequer vão à água, que é para evitar contratempos. Logo à partida sabemos se vai correr bem ou não. Por vezes há ali uma decisão difícil quando percebemos que está perto daquilo que o miúdo consegue fazer, da sua capacidade, e aí é uma decisão dificil. Pode chegar lá fora e ter um bocado mais de dificuldades mas depende de como se prepara o miúdo e de como se fala dos objectivos dele. Se os objectivos tiverem bem definidos um mau resultado pode não ser negativo desde que ele saiba aquilo que o espera. Os atletas podem tirar aspectos positivos de uma situação negativa. Obviamente que sim.

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O velejador do CNH, Tomás Pó (Laser - 3º lugar) vitorioso ao lado de José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH

Nesta Prova eram mais de 40 os inscritos na Classe Optimist e só 23 é que foram à água. Houve uma grande parte do pelotão de Optimist que não foi e um desses que não foi à água levei-o comigo no barco e estivemos a acompanhar a Prova e a conversar. Mostrei-lhe tácticas de largada e ia conversando com ele sob o meu ponto de vista de Trienador relativamente ao que ia observando e para ele foi uma experiência interessante! Era a primeira vez que ele vinha e isto fez com que tenha quebrado o gelo e da próxima ele já sabe o que é que espera e não vem nervoso. Há sempre aspectos positivos nas competições.

O convívio que se gera entre todos os velejadores é super-importante! Permite-lhes crescer em relação ao sentimento de grupo, integrando-se e convivendo com os outros. É excelente! Às vezes acontecem imprevistos! Um dos meus velejadores magoou-se no lábio logo na primeira regata e já não fez as outras. Estava mais desanimado e tive de ter ali uma conversa pedagógica para dar a volta à situação.

A Organização foi cinco estrelas!

A organização foi cinco estrelas! Sempre que a Horta se candidata às Provas Regionais Santa Maria vem. Vamos aos Regionais todos. A Organização foi excelente em termos de segurança – com a enfermeira no mar – as comunicações estavam boas, com grande disponibilidade por parte de todos. Acho que foi muito bom!

O tempo não colaborou mas não mandamos nisso. Faz parte da nossa modalidade. É claro que é difícil mas há contentores, há transportes, há tanta coisa! Estamos no Inverno e às vezes as decisões vão no sentido de avançar com a Prova. Temos de ir para a frente. Já sabemos como é.

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José Mendonça, Presidente da Comissão de Regata, entregou o Prémio a Mariana Rosa, do CNH (Laser)

Inevitavelmente, numa perspectiva nacional, os Açores precisavam de mais provas, porque quem está no Continente português pega no carro e vai a várias competições. Os atletas de lá têm uma rodagem completamente diferente dos nossos. Do ponto de vista meramente regional, as três Provas do Campeonato Regional servem muito bem mas os melhores dos Açores que vão aos Nacionais apanham um choque! Lembro-me dos meus tempos de estudante em que se verificava o mesmo. Quem frequentava o Ensino Secundário nos Açores e chegava à universidade, apanhava um choque brutal! O mesmo se passa no desporto. Três PCR’s é muito pouco e para quem vive nestas ilhas, as coisas custam muito dinheiro. Não tem havido muita abertura em investimento no mar. Devia haver um bocado mais atendendo a que estamos rodeados de mar.

Só com um clube em Santa Maria a competição na Vela torna-se difícil! No Faial também só há um Clube mas o CNH era dos clubes com mais miúdos a nível nacional.  Isso compensa um bocadinho a insularidade. Santa Maria até não está mal em termos de quantidade, pois temos mais de 20 em todas as classes, o problema é que não são todos de competição encontrando-se em escalões diferentes. Na competição temos 6/7. A experiência é diferente e as provas também! Acontece que um miúdo já está a chegar e o outro ainda está a meio. As provas têm de ser curtas para as coisas serem interessantes. Há diferentes condicionantes para as ilhas que têm de trabalhar em conjunto. São Miguel tem vários clubes; Faial e Pico estão próximos (São Jorge agora não está na Vela); Terceira tem dois clubes. Estas mecânicas devem ser aproveitadas por estes clubes. Em Santa Maria estamos um bocadinho limitados. Podíamos era aproveitar o navio no Verão e dar uns pulos a São Miguel no sentido de trabalharmos em conjunto. Essa é a nossa melhor hipótese. De resto, há que trabalhar com o que temos.

Em Santa Maria os Treinadores são voluntários e aumentar os treinos para ficarmos semelhantes ao que se faz noutras ilhas, implica dispender de mais tempo, estar menos com a família e ter mais trabalho aos fins-de-semana. É preciso ver que além disto temos o nosso emprego. Mas se assim não for, a verdade é que depois chegamos aos Regionais e entramos em choque. Temos de compensar um pouco para que não afecte a moral e entusiasmo dos miúdos e tentar ser competitivo com aquilo que temos. É um desafio.

Sinto-me satisfeito com o desempenho deles. Para o atleta que veio pela primeira vez era um teste e o vento forte não permitiu que ele beneficiasse mais. Também veio um que já tinha ido à Terceira e a Prova correu-lhe muito bem! Foi 13º, o que se revelou muito positivo. Só treinamos uma vez por semana e mesmo assim por vezes é limitado, porque o fazemos com os atletas todos e temos consciência do que podemos esperar deles. Se queremos que eles melhorem também temos de sair mais. Este grupo de atletas é impecável! São audazes, bem dispostos e  brincalhões”.

Jorge Macedo: “O problema não foi o vento mas sim a direcção do vento”

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Maísa Silva, do CNH (Optimist – 2º lugar) recebeu o Prémio das mãos de Jorge Macedo, Presidente da ARVA 

“Correu bem mas não foi fácil. O problema não foi o vento mas sim a direcção do vento. O balanço acaba por ser positivo.

Esta Prova já tinha sido adiada. Estamos muito próximos dos Campeonatos Nacionais de algumas classes. Se esta competição fosse porventura adiada, iria complicar um bocadinho a distância entre a 2ª e a 3ª PCR.

Já sabíamos que ia haver algum vento. As previsõoes de certos ‘sites’ de meteorologia apontavam para ventos de 14 a 17/18 nós com rajadas a 20 no dia 12 [sábado] e no dia 13 [domingo] baixava um bocadinho. Isto eram previsões de terça e quarta. A ARVA tinha de resolver se os miúdos viajavam ou não e eles como têm aulas implica pedir dispensa, etc. Todo esse circuito de logística é complicado e arriscámos sabendo de antemão que o vento ia estar com alguma intensidade e o mar também não era o mais desejado para se fazer Vela. Arriscámos e no dia de sábado fomos para o mar um pouco mais tarde. Primeiro avançámos com as classes de miúdos mais crescidinhos – Laser e 420 – tendo sido feitas duas regatas em cada Classe. Antes da terceira regata, chamou-se os Optimist e como o vento entretanto tinha acalmado ligeiramente com a mudança de maré, mandámos os miúdos pra o mar.

Estávamos completamente seguros, porque o CNH implementou um sistema de segurança com várias embarcações (penso que eram 7) só para a parte de Segurança e aí tanto a Comissão de Regata como eu enquanto Presidente da ARVA sentimos que estavam reunidas as condições para se fazer a Prova.

Independentemente do mar que estava, não podemos esquecer que isto é um Campeonato Regional. Os Treinadores devem ter algum cuidado e discernimento a fim de perceber que os miúdos que têm menos tempo de Vela ou que estão no sector da aprendizagem, não podem ser incentivados a irem para o mar fazer regatas com tempo como aquele sob pena de assustá-los e afastá-los da modalidade. Tem de haver cuidado. Chamei a atenção de alguns Treinadores nesse sentido. As condições não eram as ideais para os miúdos que não sabem andar à Vela, pois esta modalidade faz-se com vento.  Sem vento não é fácil. Não tinha demasiado vento para quem sabe andar à Vela mas para quem não sabe ou estava menos à vontade, não estavam reunidas as condições.

Sabíamos que o dia de domingo ia ser mais complicado, porque o vento quando é do quadrante Leste temos a nossa montanha (bonita) que baralha um bocado as contas, porque de vez em quando sopra de um lado, acelera, depois muda de direcção e temos que estar a mudar o percurso constantemente e durante a Prova não se pode fazer isso.

No domingo largámos duas vezes e tivemos de anular a regata, tendo em conta que o vento chegava a rodar mais de 90 graus. Tentámos, não conseguimos e mandámos a frota para terra. Assim, os das outras ilhas tiveram mais tempo para arrumar todo o seu equipamento para depois os contentores serem fechados e transportados para as diferentes ilhas.

Alteração das datas das Provas

Alterar as datas de realização das PCR’ é complicado. À semelhança do ano passado, a ARVA reuniu agora com os Treinadores – o que segundo eles não acontecia anteriormente  –  pois são a peça fundamental desta mecânica. Os Treinadores é que sabem o que se passa em casa dos clubes, o que cada atleta vale, como podem gerir a actividade dos miúdos e a actividade da Vela. Eles são essencialmente o motor de toda esta actividade e a actual Direcção da ARVA teve o cuidado de reunir com eles e auscultá-los no sentido de receber algumas opiniões deles. No sábado tivemos essa reunião e uma das questões que foi abordada prende-se com a frota. Também falámos sobre os ‘timings’ das provas, só que estamos sempre um bocadinho limitados pelas Provas Nacionais que a Federação marca.

Fazer as PCR’s no Verão era mais simpático mas os Treinadores têm dificuldades em reunir os atletas nessa altura já que muitos deles vão de férias com os pais, saindo de Junho até Setembro.

Contacto com frotas maiores permite evoluir

O que foi alvitrado e acho que é pacífico é a Prova que se faz em Novembro passar a fazer-se um bocadinho mais cedo. Vamos equacionar essa possibilidade mas também não pode ser muito mais cedo, porque depois faltam os dias de treino. Ter só um mês de treino e depois fazer um Campeonato não dá. Eles apontaram para meados de Novembro. A primeira PCR esteve para ser nessa altura mas foi alterada. A ARVA registou as  preocupações dos Treinadores e com os recursos de que dispõe – os quais não são ilimitados – vai dar um apoio extremamente importante. Fazemos a gestão do dinheiro que vem da Direcção Regional do Desporto (DRD) de forma a que vá sobrando sempre algum. Esta Direcção já percebeu que o contacto com frotas maiores permite que os atletas consigam evoluir bastante mais rápido. Tanto é que no ano passado tivemos três “Jovens-Talento” no CNH. Isso não aconteceu por acaso. Vem na sequência do trabalho feito no Clube e no contacto que têm com outras frotas.

Apostar mais nas Provas Locais e nos Nacionais

Esta Direcção da ARVA pretende incentivar as Provas Locais e há ilhas que podem realizá-las entre vários clubes: a Terceira e São Miguel pode fazer e o Pico também.

Claro que há outras ilhas que não conseguem. Naturalmente que isso envolve custos, os quais a ARVA não está a suportar pelo facto de não ter capacidade para isso e de nem haver comparticipação da DRD nesse sentido.

Na próxima cimeira penso que é uma questão que temos de colocar, porque as Provas Locais são extremamente importantes e ao fim e ao cabo é um treino mais a sério em que envolve mais embarcações ao mesmo tempo.

As Provas Nacionais são muito importantes para aqueles atletas que estão a chegar ao ‘top’. Em vez de fazerem uma largada com 30 barcos, fazem com 150/200, o que é completamente diferente. Nota-se que eles se sentem muito inibidos nas Provas Nacionais. É um salto muito grande. Fazer uma largada com 150 barcos é assustador! Mas mesmo assim houve velejadores que ficaram nos primeiros 30/40 em frotas de 150, o que é muito bom para a realidade da Vela Açoriana.

Temos de apostar mais nas Provas Locais e nos Nacionais pensando naqueles atletas que estão a chegar a um patamar completamente diferente.

A Organização do CNH estava muito bem. Não se pode apontar nada. As questões que foram acontecendo evoluiram sem qualquer percalço, quer no mar quer em terra.

No mundo da Vela Açoriana estamos todos satisfeitos”.

Foram entregues os seguintes Prémios:

- Optimist Masculino:1º, 2º e 3º lugares

- Optimist Feminino: 1º, 2º e 3º lugares

- Laser Masculino: 1º, 2º e 3º lugares

- Laser Feminino: 1º, 2º e 3º lugares

- 420: 1º, 2º e 3º lugares

As Classificações ser consultadas nesta ligação.

Mais momentos do Jantar de Entrega de Prémios podem ser vistos na Galeria de Fotos.

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