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CMAS World Cup de Fotografia e Vídeo Subaquático 2025
Depois de representarem o Clube Naval da Horta na CMAS World Cup de Fotografia e Vídeo Subaquático 2025, que decorreu entre 26 de outubro e 2 de novembro nas ilhas da Madeira e Porto Santo, os atletas Ana Besugo e João Balsa regressaram a casa com aprendizagens valiosas, imagens memoráveis e resultados que muito honram o clube e a região.
Durante oito dias de competição intensa, lado a lado com alguns dos melhores fotógrafos e videógrafos subaquáticos do mundo, os nossos atletas mergulharam em cenários de referência e demonstraram qualidade, técnica e criatividade. A sua estreia nas competições nacionais e internacionais não poderia ter sido mais promissora, tendo alcançado dois lugares de pódio no vídeo de 60 segundos – 2.º lugar no Campeonato Nacional e 3.º lugar na Taça de Portugal – além de um prémio numa competição não oficial com fotografia captada por dispositivo móvel.



Estes resultados refletem não só o talento e a dedicação da Ana e do João, mas também a crescente afirmação do Clube Naval da Horta nas modalidades subaquáticas, neste caso apoiado pela colaboração essencial dos patrocinadores UBAR, Norberto Diver, Agência de Viagens Novo Rumo, Espaço X, ZugaAdventures e Residencial São Francisco.
Para conhecer melhor a modalidade, a experiência vivida e as ambições futuras desta dupla que participou pela primeira vez no panorama nacional, realizámos uma breve entrevista onde partilham, na primeira pessoa, as suas aprendizagens, desafios e objetivos.
Para quem não conhece, expliquem um pouco, em que consiste esta modalidade/competição?
Ana Besugo: A modalidade de Fotografia e Vídeo Subaquático é uma das muitas modalidades tuteladas pela Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas e consiste em reunir participantes amantes da beleza natural existente nos nossos mares e oceanos que captam estas maravilhas em fotografias e vídeo.
Dentro da fotografia subaquática existem as seguintes categorias: macro, peixes, grande angular com mergulhador, grande angular sem mergulhador, tema (que é conhecido apenas antes da competição e que este ano foi em Porto Santo, crustáceos e na Madeira, cnidários), criativa e fotografia com dispositivos móveis.
Dentro do vídeo subaquático existem as seguintes categorias: filme, documentário e vídeo 60 segundos (Campeonato Nacional) documentário e videoclipe (Taça de Portugal).
Que aprendizagens mais relevantes trazem desta primeira experiência em competição?
João Balsa: O ambiente de competição é o melhor para aprender e perceber o que se melhor se faz nesta modalidade. Estar com alguns dos melhores, ensinou-nos algumas técnicas que não estávamos a par, assim como ficamos a perceber toda a dinâmica de competição.
Como avaliam a vossa prestação nesta estreia nas competições nacionais de vídeo subaquático, tendo alcançado já dois pódios?
Ana Besugo: Avaliação super positiva, estamos muito felizes com os resultados, 2.º lugar no vídeo 60seg no campeonato nacional e 3.º lugar na taça de Portugal no vídeo de 60seg, sabemos que somos estreantes nestas competições mas reconhecemos que temos ainda muito para dar. Não foi só no vídeo que alcançamos resultados nas competições nacionais, também recebemos um prémio numa competição não oficial com uma foto tirada com o dispositivo móvel na categoria criativa.
João Balsa: A nossa prestação foi muito positiva! Mostrámos o nosso valor, e demostramos que mesmo com menos experiência e sendo estreantes conseguimos fazer frente a atletas que já têm muito mais tempo de competição. Foi com grande alegria que vimos o nosso esforço ser reconhecido nas classificações, dá-nos muita motivação para continuar a evoluir e atingir resultados melhores.
Estes resultados reforçam a vossa vontade de continuar em participar nestas competições?
João Balsa: Claro que sim, os resultados obtidos mostram que temos valor nesta modalidade mas também que ainda há muito espaço para evoluir. É com essa mentalidade que pretendemos dar continuidade a futuras participações nestes eventos, representando este magnífico arquipélago e expondo a público as magníficas imagens que conseguimos obter.
Ana Besugo: Olhando em frente, qual será o próximo passo para a vossa equipa: uma nova competição, um projecto documental, ou algo diferente?
O próximo passo é tentar trazer ao nosso arquipélago e em específico a nossa ilha, o Faial (ou quem sabe também à ilha vizinha do Pico) esta competição nacional. Sinto que faz todo o sentido esta aposta para o futuro e tudo faremos para juntos de entidades governamentais e instituições podermos pôr na linha da frente a Ilha do Faial e a cidade da Horta no mapa da organização deste evento.
Temos também planos de continuar a treinar e a captar as belezas naturais subaquáticas do mar dos Açores e divulgar o nosso trabalho. Captamos muito conteúdo nesta competição que não foi mostrado ainda e que iremos divulgar nas próximas semanas em outros vídeos que vamos produzir de forma a treinar a nossa vertente de edição. Temos também como objectivo para o próximo ano participarmos em todas as competições nacionais que são elas o campeonato nacional e a taça de Portugal 🇵🇹 e se conseguirmos o devido apoio poderemos ainda vir a participar em competições internacionais.